O Remanescente

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sábado, 11 de abril de 2020

Reflexão - A Primeira Páscoa

A Primeira Páscoa



Israel ainda era apenas um povo escravizado no Egito quando Moisés foi enviado por Deus para libertar Seu povo. O Faraó não queria perder a mão de obra escrava e, por isso, não permitiu a saída dos israelitas. Ocorreu então o derramamento das pragas. Ainda assim, o Faraó não deixou que os israelitas saíssem. 

Mesmo após nove pragas devastadoras, a nação obstinadamente resistiu à ordem divina, e agora o golpe final estava prestes a ser desferido.

A Moisés havia sido proibido, sob pena de morte, de aparecer outra vez na presença do Faraó. Porém, uma última mensagem da parte de Deus deveria ser entregue ao rebelde rei, e novamente Moisés veio perante ele com o terrível anúncio: “Assim diz o SENHOR: ‘Por volta da meia-noite, passarei por todo o Egito. Todos os primogênitos do Egito morrerão, desde o filho mais velho do faraó, herdeiro do trono, até o filho mais velho da escrava que trabalha no moinho, e também todas as primeiras crias do gado. Haverá grande pranto em todo o Egito, como nunca houve antes nem jamais haverá” (Êxodo 11:4-6, NVI).

Antes da execução dessa sentença, o Senhor, por meio de Moisés, deu instruções aos filhos de Israel relativas à partida do Egito, e especialmente para sua preservação no juízo que viria. Cada família, sozinha ou com outra, deveria matar um cordeiro ou cabrito sem defeito, e espargir seu sangue nas laterais e nas vigas superiores das portas da casa a fim de que o anjo destruidor, vindo à meia-noite, não entrasse naquela habitação. À noite, eles deveriam comer a carne assada com pão sem fermento e ervas amargas. “Ao comerem”, disse Moisés, “estejam prontos para sair: cinto no lugar, sandálias nos pés e cajado na mão. Comam apressadamente. Esta é a Páscoa do SENHOR”. (Leia Êxodo 12:1-28.)

O Senhor declarou: “Naquela mesma noite passarei pelo Egito e matarei todos os primogênitos, tanto dos homens como dos animais, e executarei juízo sobre todos os deuses do Egito. Eu sou o SENHOR! O sangue será um sinal para indicar as casas em que vocês estiverem; quando eu vir o sangue, passarei adiante. A praga de destruição não os atingirá quando eu ferir o Egito” (Êxodo 12:12-13).

Em comemoração a esse grande livramento, o povo de Israel deveria celebrar anualmente uma festa, em todas as gerações futuras. “Este dia será um memorial que vocês e todos os seus descendentes celebrarão como festa ao Senhor. Celebrem-no como decreto perpétuo” (Êxodo 12:14). Ao observarem essa festa nos anos futuros, eles deveriam repetir a seus filhos a história desse grande livramento: “É o sacrifício da Páscoa ao Senhor, que passou sobre as casas dos israelitas no Egito e poupou nossas casas quando matou os egípcios” (Êxodo 12:27).




O registro bíblico nos mostra, então, que a primeira Páscoa da história não ocorreu num templo, envolvendo grande quantidade de pessoas. Foi nos lares, em uma noite de expectativa, tensão e reclusão.

O Amor Escrito com Sangue ficou registrado na porta de cada casa dos filhos e filhas de Deus que estavam no Egito, apontando para o momento glorioso em que esse amor se manifestaria em sua plenitude na Cruz do Calvário.

Por isso, o que está acontecendo na Páscoa do dia 12 de abril não é uma emergência, mas, sim, uma providência. Vamos refletir sobre o Amor Escrito com Sangue na intimidade de nosso lar, olhando nos olhos de cada familiar, e agradecendo a Deus por Sua graça e poder que nos sustentam a cada momento. Aliás, é justamente esse aspecto que Ellen White destaca:

“A observância da Páscoa começou com o nascimento da nação hebraica. Na última noite de sua servidão no Egito, quando não havia sinal de libertação, Deus lhes ordenou que se preparassem para um imediato livramento. Advertira Faraó do juízo final sobre os egípcios, e deu aos hebreus instruções para reunirem suas famílias dentro das próprias casas” (O Desejado de Todas as Nações, p. 45).

Essa primeira Páscoa deveria ser narrada de geração
em geração, gravando na mente de todos “a história
desse maravilhoso livramento”.


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